O USO DE ANESTÉSICOS DURANTE O TRATAMENTO DA OBSTRUÇÃO URETRAL EM FELINOS – UM LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

  • Autor
  • Andréa Ribeiro dos Santos
  • Co-autores
  • Jaqueline Silva Araujo
  • Resumo
  • A obstrução uretral em gatos é um quadro recorrente na rotina do médico veterinário, sendo frequente em gatos machos e castrados. Pensando na obstrução mecânica uretral, pode-se subdividi-la com bases em alguns aspectos, intraluminal (originária do lúmen), intramural (da parede órgão) e extramural (no exterior da parede do órgão). Esse quadro deve ser considerado uma emergência, pois o processo obstrutivo pode ocasionar uma ruptura (uretral ou vesical ou ureteral). E, também distúrbios metabólicos sistêmicos, oriundos do agravamento do quadro obstrutivo, com alterações como   hipercalemia,  hipocalcemia, hiperfosfatemia e azotemia.  A escolha do anestésico deve embasada no paciente, fundamentada no seu estado clínico e nas  particularidades. Num felino idoso tem-se uma diminuição funcional de alguns órgãos, como por exemplo, do fígado com a redução da capacidade excretar e metabolizar fármacos. Além de outros fatores, como o aumento do tempo de recuperação anestésica. No que tange os pacientes pediátricos, tem-se a imaturidade dos órgãos, consequentemente do fígado, interferindo na sua capacidade de metabolização e excreção. Devido a grande prevalência da obstrução uretral em felinos, esse resumo objetiva oferecer um olhar sobre os anestésicos  utilizados durante o tratamento. Foi realizada uma pesquisa visando localizar publicações sobre a temática, tendo como período de publicação compreendido de 2024 a 2025, na ferramenta Google Scholar. Na busca foram empregados os termos “anestésicos”, “obstrução uretral, “gatos”, “anestesia” e “felinos. Vale a pena destacar, que foram adotados como  critérios de inclusão nessa pesquisa, a disponibilidade das publicações na íntegra e o idioma. As 17 publicações selecionadas foram aquelas que atendiam os critérios previamente estabelecidos. Iniciando com a medicação pré-anestésica, em torno de 41%, ou seja, 07 mencionavam os fármacos utilizados, com uma predominância da acepromazina (04 citações) seguida da cetamina (02 citações). Para a indução anestésica, 71%, ou seja, 10 explicavam a medicação usada, com um maior emprego do propofol (07 citações), e em sequência pela tiletamina-zolazepam (02 citações). Na manutenção anestésica, temos 35% das publicações citando os fármacos, em torno de 06, em que na maioria era o isofluorano (04 citações) ou o propofol (02 citações). É importante destacar alguns aspectos evidenciados na pesquisa, a acepromazina é um neuroléptico fenotiazínico age como tranquilizante, mas com ação vasodilatadora. Dependendo do paciente e suas comorbidades, como por exemplo um nefropata, o uso da cetamina não é aconselhado, pois sua excreção é realizada no rim, optando-se, muitas vezes, pela utilização do propofol, que tem um impacto mínimo sobre a taxa de filtração glomerular. O isofluorano causa menor depressão do débito cardíaco e promove uma vasodilatação dose-dependente, que pode ser benéfico. E, a associação tiletamina-zolazepam pode promover um relaxamento muscular, além do efeito sedativo, com a vantagem de ter uma duração mais longa, se comparado com as demais benzodiazepinas. Após a análise, foi possível observar a relevância do momento da escolha do anestésico que será adotado, principalmente considerando, o estado clínico dos pacientes, suas comorbidades e o grau de obstrução uretral.

     

  • Palavras-chave
  • Anestésicos, felinos, obstrução uretral
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